quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Vendendo Almas ao Diabo


Numa relação de reciprocidade criminosa, embora corriqueira, eleitores e políticos parecem se completar a cada eleição. De um lado a necessidade, a miséria, do outro a ganância, o oportunismo desmedido dos políticos. Entendendo que não se pode ter dignidade quando a necessidade é maior que a moral, mas é difícil entender a desumanidade estampada nos atos sorrateiros desses pulhas do poder em se aproveitarem da indignidade de muitos pais e mães de famílias que se acham na obrigação de venderem seu voto, pois só poderem contar com os homens públicos em época de eleição.

Porém, o outro lado da moeda é que é ainda mais nojento. São os que se aproveitam dos políticos, esperam o período eleitoral chegar para arrancarem dos “necessitados de votos” algum benefício, sobretudo material de construção para a reforma da casa, do comércio e da igreja... Isso mesmo, IGREJA.

Que político não tem escrúpulos, tudo bem, estranho seria se tivesse, como o é quando aparece algum que apresenta apenas propostas, esse nem eleito é. Mas um pastor que sobe três ou quatro vezes por semana no seu púlpito para admoestar um grupo de pessoas, se valendo de uma moral irrepreensível, usa desse artifício vil, de colocar à venda a dignidade alheia, se torna imoral.

Pois muitos pastores evangélicos entregam não só a si, mas todo o “rebanho” nas mãos dos lobos em pele de cordeiros famintos por votos. Cegos, postam-se indiferentes ao plano de governo, não tomam conhecimento dos estragos que podem está causando à cidade ou ao estado, e num cinismo digno de um larápio diz: “irmãos, decidimos apoiar esse candidato, pois ele tem as melhores propostas e nos abençoou com piso da nossa igreja”.

Sabe aquela história de vender a alma ao Diabo para obter sucesso na carreira, comércio e etc., e o pagamento é passar a eternidade no inferno? Não vejo nenhum exagero nessa analogia.

Essa “simbiose” acontece todos os períodos eleitorais nos arraiás do Povo de Deus, e a minha pergunta é: até quando essas discrepâncias entre discurso e ação irão perdurar?

2 comentários:

  1. bravo, bravo, bravo!
    eh mestre ally... desde roma antiga q religião e política caminham juntas... não sou contra cada um ter sua religião, crer em uma força superior (e ela existe sim, eu axo), mas submeter outras pessoas nesse jogo sujo uusando como escape palavras 'divinas' aí chega a ser mulekagem..

    belo texto!

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  2. Este é um exemplo dos “Líderes” que governam pessoas em massa...Líderes esses que na verdade deveriam visar a Paz e a União...só estão visando o lucro.
    É a velha troca de favores...de seu cargo de vereador pra cá toma uma secretaria pra lá,aprova esse projeto aqui que te dou isso ali...
    Estamos perdidos,mas a população é que é culpada.Eu não entendo...vive reclamando da política dizendo que o voto não deveria ser obrigatório,eu concordo.Voto obrigatório não é democrático,mas mesmo assim eles vendem seus votos por qualquer coisa...
    Agora me diga,se o voto não fosse obrigatório seria muito mais fácil de comprar votos, o controle dos políticos corruptos seria maior não é mesmo.
    Não tem jeito o POVO tem o político que merece,os políticos são o reflexo da população.
    Eu me pergunto quando é que o Supremo vai passar a ser mais rigoroso na hora de permitir uma candidatura.Querem acabar com o Brasil e nesse ritmo,eles vão conseguir.
    A população tinha é que se mobilizar e fazer um boicote na próxima eleição não comparecendo nas urnas para votar,quem sabe assim os safados (políticos) não acordam.

    *Parabéns pelo seu texto...como já lhe disse,vc é um homem d idéias inteligentes.

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