quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O clamor de Darfur e do Congo

A televisão noticia a conquista do título mundial de Fórmula I por um inglês; os estatísticos se debruçam sobre os números da eleição presidencial dos Estados Unidos; o mercado acionário se prepara para mais uma semana especulativa enquanto o Congo agoniza.

Depois de Darfur, agora uma reminiscência do holocausto de Ruanda condena mulheres e crianças a fugirem de mais uma carnificina. Mas sem ter para onde ir, fogem para morrer de fome. Mais uma catástrofe humana; mais uma nódoa na breve e triste história do século XXI.

Não é possível continuar assim. O mundo caminha desequilibrado, penso, na beira do abismo. Não dá para entender a atitude global cínica, com tanto desdém, diante da morte estúpida e desnecessária de milhões.

Por que os ingleses não fazem alguma coisa, já que foram os maiores responsáveis pelo retalhamento político da África? Por que os Estados Unidos não pressionam as Nações Unidas? - eles souberam fazer isso quando precisaram invadir o Iraque. Por que a Suécia, que distribui Prêmios Nobel da paz, não convoca uma força tarefa para acabar com a mortandade de inocentes?

Sei lá... Eu não consigo mais assistir a mesa redonda que discute o lance polêmico do campeonato de futebol enquanto milhões de crianças me encaram desesperadas lá de Darfur e do Congo. Alguma coisa tem que ser feita, não sei como...mas tem que ser logo. Sinto-me impotente, mas desafiado. O que fazer?

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
(Castro Alves)

Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim

Um comentário:

  1. A forma como temos para tentar mudar o mundo é atuar em ações locais. Não adianta ficarmos apenas lutando por causas como a preservação da Amazônia, o combate a violência no Oriente Médio ou a fome a pobreza na África.
    Claro que estas causas são importantes, mas temos primeiro que cuidar do meio ambiente. da segurança e da desigualde social nas nossas cidades e no nosso meio.

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